JESUS, LEONARDO E BÓRGIA – A quem pertence, afinal, a face no Sudário de Turim? Parte I
Pretender um debate que envolva o Santo Sudário de Turim – o lençol de linho que muitos acreditam ter coberto o corpo de Cristo após sua morte e que traz sua (esmaecida) imagem gravada – sem muita polêmica é como pretender unir torcidas organizadas tradicionalmente rivais em uma final de Copa sem que haja “algum” barulho. Sobra muita paixão, faltando muito de isenção de ambas as partes.
Os questionamentos a respeito deste que é o objeto mais estudado do mundo brotam em centenas de aspectos a todo momento, seja na História, na Sociologia, na Ciência ou na Arte. E uma de suas mais encorpadas interrogações, entrelaçada com os aspectos de sua real idade, seu criador e método de fabricação, é sobre de quem seria aquela fantasmagórica impressão correspondente a um homem adulto torturado da mesma forma que Jesus como descrevem os textos canônicos ou apócrifos.
A tese do historiador da Arte, o inglês Thomas de Wesselow, de que a imagem verdadeiramente de Cristo tenha se formado por meio de uma ação natural, similar ao “efeito Jospice” (publicada em sua obra de 2012, O Sinal), não deixa de ser um estudo interessante – principalmente nas considerações mais pormenorizadas sobre a história da imagem. O problema é que, para embasar sua ideia principal, Wesselow se vale de probabilidades quase sobrenaturais…
O efeito Jospice é uma reação química capaz de produzir marcas, impressões nítidas, provocadas pelo contato de urina naturalmente alterada sobre o nylon. Este fenômeno foi registrado uma única vez até hoje entre seres humanos (um paciente de 44 anos, das Antilhas, apenas conhecido por “Les”, falecido em 1981 de câncer pancreático em um hospício de Liverpool, o Jospice International – daí o nome da reação).
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