Foi no entardecer do século XIX, a 11 de novembro de 1879, que uma leva de imigrantes italianos oriundos da região do Vêneto, norte da Itália, em precárias condições, embarcaram, com seus poucos pertences, no navio alemão Krönspring Friedrich Wilhelm, ancorado junto ao cais do porto de Gênova, no mar Mediterrâneo, e rumaram para o sul do Brasil.

Esses imigrantes rumaram, mais precisamente, para o sul de Santa Catarina, em busca “della cucagna” – a riqueza, a fortuna, que seria um pedaço de terra para dela tirar o sustento para suas famílias que fugiam da pobreza e da fome, no solo pátrio.

Entre esperanças e temores, os imigrantes rumaram para o desconhecido, ao sabor das ondas e embalados pelos sonhos acalentados de que tudo seria melhor na terra que lhes fora prometida e que nela seriam muito felizes.

Depois de 36 dias de agruras na travessia do Oceano Atlântico, chegaram, em 17 de dezembro deste mesmo ano de 1879, ao porto do Rio de Janeiro, e foram transladados para a Ilha das Flores onde era verificada a saúde e legalidade dos imigrantes. Mas não era o final da viagem. Reembarcados, rumou o navio com paragens em Santos e Florianópolis, onde foram acolhidos em um barracão, na Palhoça, com os baús que guardavam seus pobres pertences. A nova terra se aproximava cada vez mais, o medo amainava, a esperança redobrava … Continue lendo na edição 87.

As 22 famílias pioneiras traziam os sobrenomes:

• Barbieri
• Benedet
• Biléssimo
• Casagrande
• Dário
• Daros
• De Luca
• Martinello
• Meller
• Milanez
• Milioli
• Netto
• Ortolan
• Pavan
• Piazza
• Pierini
• Pizzetti
• Scotti
• Sônego
• Thomé
• Venzon
• Zanette

Foram estes os primeiros, os fundadores do núcleo de São José de Cresciúma. Estabelecidos estes, vieram outros imigrantes de várias regiões da Itália, entre eles bergamascos, sicilianos, veroneses, lombardos, trentinos, venezianos, padovanos, calabreses e outros mais. Eram, ao todo, em torno de 131 pessoas, entre pais e filhos…

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